Ilustrando o tema do encontro da comunicação, o último dia de palestra trouxe dois exemplos de empreendedorismo que se aproximam dos estudantes de publicidade e jornalismo da faculdade. Dois ex-alunos da Estácio, formados recentemente, falaram sobre suas experiências acadêmicas e a inserção no mercado de trabalho. Relembraram as inseguranças e incertezas da vida acadêmica, e quebraram mitos do mundo empresarial.
Abrindo a noite, Germano Bueno, graduado em publicidade, recordou sua tragetória de aluno queridinho dos professores e "odiado" pelos colegas. Sempre insistente e interessado pelo conteúdo ensinado no curso, conquistou a implicância de alguns estudantes, situação que explicou fazer parte do cotidiano de quem tem o perfil empreendedor, mesmo fora do ambiente acadêmico. Em sua formação, passou por várias agências de publicidade pequenas.
O "queridinho" Germando Bueno
Ocupou cargos como designer, diretor de arte, atendimento, etc. Trabalhou bastante como aquele estagiário multifuncional, que muitas pessoas reclamam - mas com a diferença de que aproveitou cada uma dessas experiências para ajudar na administraçao da agência 68 Interativa, empresa de comunicação participativa que atende clientes como a Séculus Relógio, Cemig, Cruzeiro Esporte Clube, entre outros. Para a plateia, deixou as seguintes dicas: "Sejam relevantes, acompanhem tendências, produzam algo, mesmo não estando ligados à alguma empresa." Sobrou até para os jornalistas. "Jornalista que só coletar informações e ficar preso aos modelos ultrapassados de mídia vai morrer de fome", polemisou o jovem empreendedor.Em seguida foi a vez do jornalista Jonatas Andrade, graduado em 2008, que falou sobre sua breve trajetória no mercado e da, ainda recente, experiência como aluno. Sem conhecer ninguém da área e constantemente desmotivado quanto as chances de conseguir um estágio estudando no turno da manhã, Jonatas insistiu até conseguir duas oportunidades : uma no banco BMG e outra na Cemig. No final optou pela companhia energética estagiando durante um ano e três meses. Porém, mesmo sem perspectiva de contratação, despertou seu perfil empreendedor trabalhando como se fosse um jornalista efetivo. Resultado: faltando dois meses para sua formatura, ja ha muito tempo fora da Cemig, foi convidado a retornar para a empresa com a garantia de efetivação após o término do curso.
Trabalhando na assessoria de comunicação da Cemig, alertou quanto a importância do segmento de Comunicação Empresarial, que é pouco explorado pelos alunos do curso de jornalismo. Como exemplo, citou seu caso que, nos primeiros períodos do curso, queria trabalhar como produtor de T.V, ignorando outros potenciais da carreira. "Quando falam que o mercado está saturado eu discordo. Em BH ele está inchado. Inchado em T.V, em rádio, em impresso" afirmou o assessor que reforça as possibilidades oferecidas para quem quer trabalhar com comunicação empresarial.
Regis Augusto
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