quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Anúncios Sexistas - Um pouco de história cai bem.


Pessoal, achei uma coisa para se contextualizar!
Temos memória de algumas campanhas chocantes, mas nem por isso menos eficazes. Até há cerca de 20 anos, mais ou menos, era possível ver em várias campanhas mensagens ofensivas para determinadas pessoas ou grupos sociais. Sempre que necessário recorria-se a conteúdos racistas e sexistas onde o objeto humilhado era frequentemente a mulher. Esta utilização continuada da mulher em tom depreciativo explicava-se, na lógica fria da publicidade, porque o público alvo eram os homens - eram eles que ganhavam o dinheiro e, consequentemente, o gastavam. Eram, pois, os potenciais compradores, mesmo que os produtos se destinassem às mulheres. As situações criadas e os chavões comerciais dos publicitários serviam-se frequentemente do humor (ainda hoje se servem), mas um humor boçal, primitivo e de mau gosto, em que a mulher fazia literalmente de palhaço.

"Quer dizer que uma mulher consegue abri-lo?"


Se o seu marido alguma vez descobre... Que ela anda com outro? Não. Simplesmente que não comprou a nossa marca de café. Absolutamente imperdoável.



Sopre-lhe o fumo para a cara e ela segui-lo-á a qualquer parte. Concordamos em absoluto: não há nada mais irresistível do que alguém nos soprar o fumo para a cara, é evidente. Já o slogan Mantenha-a no lugar a que pertence nos deixa algumas dúvidas quando à sua eficácia na venda de sapatos para homem.


Quanto mais a mulher trabalha, mais bonita se torna! - desde que seja trabalhar em casa, claro, porque sempre É bom ter uma mulher por casa.

Felizmente hoje em dia já não é assim. Há mais respeito e cuidado com as mensagens publicitárias que se enquadram na linha do "politicamente correto". As mulheres deixaram de ser empregadas domésticas não remuneradas e abraçaram carreiras profissionais. Ganham os seus salários e o gastam, não necessariamente no mesmo que os homens. E os publicitários - e publicitárias - sacaram bem isso!

Abraço!

Gabriela Oliveira

8 comentários:

MEU UNIVERSO ONÍRICO disse...

Gabriela,

Realmente é pra deixar qualquer mulher normal INDIGNADA. Eu já havia conhecido algumas dessas campanhas, mas quando vejo essas fotos como: a mulher no colo do homem apanhado... Fico com muita raiva. Hoje faço publicidade e sem duvgida alguma sou "super" feminista, lutaria até o fim para que essas campanhas fossem abolidas da memoria de muitas pessoas, principalmente mulheres. Mas por sorte o nosso mundo mudou pra caramba e, a mulher cada vez mais vem conquistando seu espaço. Bom, desculpe por fala demais, mas é que fiquei com muita raiva quando vi isto, mas tb feliz por ter mudado.

Renata Feldman disse...

Gabriela querida,
"De mulher pra mulher", de publicitária para publicitária, parabéns pelo ótimo post!
Ainda bem que os tempos - e os anúncios - são outros, não é?
Abração!

Dany Starling disse...

Acho tudo isso muito bacana. Não sou contra a mulher ir atrás de seus direitos. Depois de pendurar as roupas no varal, pode fazer o que bem entender.

Blog da Prosa disse...

Dany Starling: a gentileza em pessoa para com o sexo feminino, a quem vc pretende convencer com esse tipo "cara valente"? Está publicamente desmoralizado o seu discurso pretensamente machista, ok? Quanto ao livro e à delicadíssima dedicatória, diga-se de passagem, agradeço pessoalmente assim que o vir. Por ora, obrigada pelo carinho de sempre com essa professora meio maluquinha e pela torcida por uma NY especial. Beijos da Jana e até!!!

Blog da Prosa disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Blog da Prosa disse...

Hellen e Re: não sei se os tempos são mesmo outros. Diferentes em muitos aspectos, sim, mas algumas coisas ainda permanecem, e não só pela atitude de muitos homens, mas tb das próprias mulheres em relação a seu papel e ao de suas iguais na sociedade. Eu não me considero uma feminista no sentido corriqueiro do termo. Homens e mulheres são evidentemente diferentes e a diferença precisa ser considerada e respeitada, não importa em que circunstâncias. Por isso prefiro ressaltar o valor da condição humana, que não é apenas uma questão de gênero. Bjs e obrigada pela visita!!! Janaina.

Dany Starling disse...

Bah, Jana... você me conhece, então não vale vir aqui me desmascarar. A intenção é apenas provocar o ódio nas meninas da agência e estimulá-las a produzir mais e mais posts interessantes como esse, hehehe. Beijão e boa semana a todos aí.

P.S. Depois que escrevi meu post anterior, esqueci de citar a fonte. A frase não é minha, mas do Analista de Bagé, do grande Veríssimo. O filho.

Decs disse...

uma palavra e quatro sílabas pra este passado: RÍ-DÍ-CÚ-LÔ

oashhusuoasha