
Na última quinta feira o curso de Jornalismo da Estácio de Sá BH discutiu, em um painel com diferentes profissionais do mercado de comunicação em BH, o fim da obrigatoriedade do diploma de jornalista. Pra mim, continua sem resposta a dificuldade da Comunicação Social em se constituir como um campo reconhecido de conhecimento, no sentido mais estrito do conceito de campo, tal como proposto por Pierre Bourdieu. Somos uma ciência fraca, é preciso admitir. No entanto, como todos sabem, não sou muito afeita a reclamações de qualquer espécie. Ajoelhou, tem que rezar, é o que eu sempre digo! Por isso, se a Comunicação Social é uma escolha profissional, cabe a cada um profissionalizar-se e contribuir, por consequência, para que Jornalismo e Publicidade sejam áreas cada vez mais competentes e solidificadas do conhecimento. Pra contribuir, vai a dica: a editora inglesa Sage publicou, em fevereiro deste ano, uma edição especial sobre jornalismo brasileiro na revista Journalism, na minha opinião uma das mais importantes publicações internacionais sobre pesquisa e prática jornalística. O endereço, pra quem quiser conferir, é jou.sagepub.com. Por aqui, fica a dica do texto de Elias Machado: "Formação do jornalista: uma decisão histórica sobre o diploma", publicado no Observatório da Imprensa em 31/3/09. Disponível em www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=531DAC001
7 comentários:
Na verdade, não se discutiu o fim da obrigatoriedade do diploma, mas sim o fim da reserva de mercado para os formados. A discussão, que deveria ser acadêmica, girou em torno do desespero dos jornalistas formados e perto da formatura em perder espaço nas redações. Me senti muito mais em uma entidade de classe que no auditório de uma faculdade.
Acho ridículo o que os políticos estão pretendendo: tirar o prestígio de profissionais que se prepararam para passar informações do que acontece no mundo para o povo, já que eles mostram o lado corrupto e impune do nosso querido Brasil.
Que país lindo em que vivemos!
PS: Se tirassem o valor do meu diploma, eu estaria em prantos agora... ='(
Em momento algum o STF tirou o valor do diploma de jornalista. Pelo contrário, o diploma deixou de ser um mero apêndice para o profissional, tornando-se um diferencial no mercado. Aliás, mais ou menos como funciona na publicidade, onde não existe obrigatoriedade de diploma para o exercício da profissão.
Eu concordo plenamente com a ideia que o Raphael Queiroz defende.
Agora é hora dos jornalistas (ou futuros jornalistas) mostrarem que são capazes de fazer diferença e, penso que os que fizerem diferença sempre terão seu espaço. Bem, isso é o que penso, mesmo não sendo estudante de jornalismo.
Mas é que fico pensando que os próximos que eles vão falar q não precisam de diploma serão os publicitários (e eu ainda estou indo para o 3º período)q medo!
Abraços...
Se tirou a exigência da diploma para exercício da profissão isso consequentemente reduz o valor do diploma...
Pra mim essa é uma discussão sobre solidificação dos campos, na mais fiel leitura de Bourdieu, e ponto. Pena que isso não tenha vindo tanto à tona no debate. J.
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