Os jornalistas estão passando por uma fase incerta. Novamente... Não é a primeira vez que a categoria é alvo das incertezas das leis brasileiras. Desde 1969, quando houve a regulamentação da profissão, os jornalistas têm passado por esses altos e baixos.
Essa semana foi divulgado que o Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE) contabilizou mais de mil registros de jornalistas sem diploma. Mas o que isso significa? Esses profissionais estão sendo contratados?
Realizei uma pesquisa no início desse mês entre alguns veículos de comunicação de Belo Horizonte. Concluí que mesmo sem a necessidade do diploma, nesses últimos dez meses, estas instituições ainda não contrataram nenhum profissional do jornalismo sem formação específica da área. Os critérios de contratação dessas empresas não foi alterado. Mesmo quando seus dirigentes são a favor da não obrigatoriedade do diploma.
Ainda nos ùltimos dias mais uma polêmica. A Universidade Estadua de Ponta Grossa (UEPG), no Paraná, rejeitou a contratação de um assessor de comunicação por ele não ter graduação, mesmo ele atuando na área ha mais de 30 anos e sendo registrado como jornalista e sindicalizado. Tudo bem, cada caso é um caso. Mas, se a UEPG aceitasse essa situação, alguém faria algum curso de comunicação lá? A credibilidade da instituição como formadora de profissionais cairia, não é mesmo?
Até o momento, o único dano que foi realmente sentido pelos jornalistas, é o dano moral. O sentimento de perda de uma conquista que foi muito árdua. Não acredito que os salários vão diminuir por isso ou que qualquer um vá assumir uma posição que seria de um profissional devidamente formado. O real problema é mais antigo, já era conhecido por todos da área que o mercado é limitado e que as instituições de ensino superior estão despejando "focas" (jornalistas recém formados) e mais "focas" para serem inseridos num número cada vez menor de vagas.
Bárbara Mendonça
30/04/2010
Essa semana foi divulgado que o Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE) contabilizou mais de mil registros de jornalistas sem diploma. Mas o que isso significa? Esses profissionais estão sendo contratados?
Realizei uma pesquisa no início desse mês entre alguns veículos de comunicação de Belo Horizonte. Concluí que mesmo sem a necessidade do diploma, nesses últimos dez meses, estas instituições ainda não contrataram nenhum profissional do jornalismo sem formação específica da área. Os critérios de contratação dessas empresas não foi alterado. Mesmo quando seus dirigentes são a favor da não obrigatoriedade do diploma.
Ainda nos ùltimos dias mais uma polêmica. A Universidade Estadua de Ponta Grossa (UEPG), no Paraná, rejeitou a contratação de um assessor de comunicação por ele não ter graduação, mesmo ele atuando na área ha mais de 30 anos e sendo registrado como jornalista e sindicalizado. Tudo bem, cada caso é um caso. Mas, se a UEPG aceitasse essa situação, alguém faria algum curso de comunicação lá? A credibilidade da instituição como formadora de profissionais cairia, não é mesmo?
Até o momento, o único dano que foi realmente sentido pelos jornalistas, é o dano moral. O sentimento de perda de uma conquista que foi muito árdua. Não acredito que os salários vão diminuir por isso ou que qualquer um vá assumir uma posição que seria de um profissional devidamente formado. O real problema é mais antigo, já era conhecido por todos da área que o mercado é limitado e que as instituições de ensino superior estão despejando "focas" (jornalistas recém formados) e mais "focas" para serem inseridos num número cada vez menor de vagas.
Bárbara Mendonça
30/04/2010
Um comentário:
Com certeza, o diploma continuará sendo pedido independente de qualquer decisão de tribunal ou lei que queiram fazer. isso é uma discussão importante, afinal de conta existem muitos "papas" do jornalismo por aí... Que sequer sentaram em uma cadeira de faculdade. Acho importante sim o ensino superior para jornalistas, também é preciso de um talento nato para a coisa, mas o estudo é importante. E é aí que entra outra discussão e que comentei esses dias na aula: " Estão formando muitos jornalistas bundões..." Tudo muito igual, na mesmice, querem escrever "corretamente" para trabalhar no principal jornal da cidade, não querem lutar contra o que está errado... nada disso... Querem apenas dinheiro. O que eu acho uma pena. Dinheiro é bom? Claro, mas apesar de piegas, não é tudo.
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