segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Jogar no Lixo ou fazer arte? Escolha a segunda opção.

Não jogue nada fora. Guarde cada botão perdido, cada brinco sem par e cada fecho estragado. As tampas de garrafas de refrigerante, os brindes Kinder e as molas do cabelo, pois tudo pode ser aproveitado, pelo menos se tiver a arte da reciclagem, como Jane Perkins. A britânica domina a arte de transformar o conjunto dos objetos pessoais que já não usamos em quadros de personalidades conhecidas.

Perkins decidiu estudar têxteis na Faculdade de Artes e Tecnologia em Somerset. E no seu projeto é possível encontrar personalidades como o presidente Barack Obama em uma adaptação de umas das suas fotos mais divulgadas, Nelson Mandela colorido e cheio de botões e uma Elizabeth II recriada apenas com objectos de porcelana.

Assim como Jane Perkins, outro talentoso artista chamado Jeremy Meyer por meio da arte Moderna e, sobretudo, a Contemporânea ensina que é o contexto e o significado que conferem o atributo artístico aos objetos e não o seu material ou a qualidade técnica. Será que isto faz de todos nós artistas? É pouco provável, mas o que é certo é que as fronteiras estão cada vez mais menores e que a Arte saiu definitivamente dos museus e se democratizou. Sinal dos tempos.

Seguidamente vai juntando as peças sem, utilizar nenhum outro sistema de fixação que não o parafuso, nem colagens, nem soldaduras. A obra vai tomando forma pouco a pouco, seguindo a inconstância da ideia. A construção pode ser demorada: nas esculturas maiores ele chega a gastar mais de 1000 horas. À medida que vão crescendo as figuras vão-nos olhando e questionando, como se o mundo das máquinas (de escrever) quisesse ganhar vida.

Incrível! Amo trabalho que utiliza o produto lixo.

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Abraços! Gabriela Oliveira

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